Colchão afundando no meio: o que pode ser, como tentar recuperar e quando trocar de vez
Se você reparou que está com colchão afundando no meio, provavelmente já acordou cansado, com dor nas costas e até de mau humor. Além disso, o visual da cama fica estranho e a sensação é de estar dormindo dentro de um buraco. Nesse texto, você vai entender o que causa esse problema, como avaliar o estrago, o que dá para recuperar em casa e, por fim, quando é melhor parar de sofrer e trocar o colchão de vez.
Antes de mais nada, é importante entender que todo colchão cede um pouco com o uso, mas nem todo afundamento é normal. Assim, quando você sabe medir e identificar o nível do desnível, você evita prejuízo e ainda cuida da sua coluna.
Colchão afundando no meio é normal?
Em princípio, um leve afundamento na área em que você deita pode ser apenas marca de uso. Contudo, quando o buraco é visível de longe ou você sente o corpo escorregar sempre para o centro, isso já indica problema de suporte.
De forma simples, você pode observar alguns sinais:
- Dores nas costas ou no pescoço que melhoram quando você dorme em outra cama ou até no sofá.
- Rachaduras ou dobras na espuma, que aparecem quando você aperta a lateral do colchão.
- Barulhos estranhos, como estalos de mola ou rangidos, sempre que você muda de posição.
- Lençol formando um “vale” mesmo depois de esticado com cuidado.
Se mais de um desses sinais aparece no seu dia a dia, então é bem provável que você esteja com um colchão afundando no meio de verdade, e não apenas com marcas de uso.
Colchão afundando no meio: principais causas
Em geral, o colchão não afunda do nada. Assim, sempre existe um motivo ou a soma de vários fatores. Veja os mais comuns.
1. Idade e desgaste natural
Com o passar dos anos, a espuma perde densidade, as molas cansam e o tecido estica. Por isso, depois de muito tempo de uso, o colchão passa a não sustentar mais o peso do corpo como antes.
Geralmente, colchões de espuma simples duram menos do que modelos de mola de boa qualidade. Ainda assim, tudo depende de como você usa, do peso de quem dorme e da ventilação do quarto.
2. Densidade ou tipo de colchão errado para o seu peso
Muita gente compra colchão só olhando preço. Entretanto, a densidade da espuma precisa combinar com o peso de quem vai usar. Caso contrário, o afundamento aparece muito rápido.
- Espumas muito macias cedem demais quando a pessoa é mais pesada.
- Modelos baratos podem ter espuma de baixa qualidade, que esfarela com pouco tempo.
- Colchão de solteiro usado por casal também deforma mais rápido, porque o peso se concentra no centro.
Além disso, em colchões de molas, a contagem e o tipo de mola influenciam muito na durabilidade. Se a estrutura é fraca, as molas podem entortar e criar aquele buraco no meio.
3. Base da cama sem suporte ou quebrada
Muitas vezes o problema nem está só no colchão. Em várias casas, a base box está quebrada, o estrado da cama está solto ou há tábuas faltando. Dessa forma, o colchão afunda justamente na parte onde a estrutura cede.
Então, antes de culpar o colchão, você precisa conferir a cama por baixo. Assim, você evita gastar dinheiro à toa.
4. Peso concentrado sempre no mesmo ponto
Quando a pessoa senta todo dia na mesma beirada da cama para calçar o sapato, por exemplo, essa área sofre muito mais pressão. Do mesmo modo, quem assiste TV sempre na mesma posição, apoiando o corpo no centro, força um ponto específico.
Com o tempo, isso cria uma “vala” bem no meio do colchão, principalmente em modelos mais macios ou com espuma fina.
5. Falta de rodízio do colchão
Vários fabricantes recomendam girar e, às vezes, virar o colchão a cada poucos meses. Contudo, quase ninguém faz isso. Assim, o peso fica sempre em um único lado e o afundamento aparece mais rápido.
Quando dois lados do colchão suportam a mesma carga ao longo do ano, a durabilidade aumenta e o conforto se mantém por mais tempo.
Como avaliar o colchão afundando no meio passo a passo
Antes de tentar qualquer solução, você precisa medir o problema. Dessa maneira, fica mais fácil decidir se vale consertar ou se chegou a hora de trocar.
- Tire toda a roupa de cama. Além disso, remova protetor, cobertor e travesseiros. Assim, você enxerga o colchão nu, sem interferência.
- Passe a mão pela superfície. Em seguida, sinta se existe buraco bem marcado ou apenas áreas levemente mais baixas.
- Use uma régua ou fita métrica. Então, posicione um cabo de vassoura ou uma régua longa atravessando o colchão de lado a lado e meça a distância até o ponto mais fundo.
- Anote a medida. Em geral, afundamentos acima de 3 cm já começam a incomodar. Contudo, cada pessoa sente de um jeito.

Se você divide a cama com alguém, então peça para a outra pessoa deitar e levante. Assim, você observa se o colchão “puxa” quem está ao lado para dentro do buraco.
Em conclusão, depois que você mede e testa desse jeito, fica muito mais simples tomar a próxima decisão com calma.
Como tentar recuperar um colchão afundado
Nem sempre você precisa jogar fora o colchão de primeira. Afinal, em muitos casos, o problema está na base ou em um lado específico. Veja algumas tentativas que podem ajudar, principalmente se o colchão ainda estiver dentro da vida útil.
1. Conferir e reforçar a base da cama
Primeiramente, vire o colchão de lado e inspecione a cama. Dessa forma, você verifica se há estrados quebrados, parafusos frouxos ou tábuas tortas.
- Reaperte todos os parafusos que estiverem soltos.
- Substitua ripas quebradas por tábuas novas e firmes.
- Coloque um compensado inteiro em cima do estrado, caso haja muitos espaços vazios.
Depois que a base está firme, o colchão tende a se comportar melhor, ainda que já tenha algum nível de afundamento.
2. Girar e, se possível, virar o colchão
Logo depois de arrumar a base, gire o colchão de cabeceira para os pés. Além disso, se o modelo permitir uso “dos dois lados”, vire também de cima para baixo.
Essa simples mudança redistribui o peso. Assim, o lado que estava mais cansado descansa um pouco, enquanto o outro lado passa a receber a carga do corpo.
3. Usar placas de espuma ou compensado sob o buraco
Quando o afundamento é moderado, você pode reforçar a área central por baixo. Para isso, basta colocar uma placa de espuma mais firme ou um pedaço de madeira fina exatamente onde o colchão cedeu.

Essa solução, contudo, é paliativa. Ainda assim, ela pode quebrar um galho até você conseguir trocar o colchão. Dessa forma, você melhora um pouco o conforto sem gastar muito.
4. Colocar um topper ou espuma extra por cima
Outra saída é usar um “topper”, que é uma camada extra de espuma ou viscoelástico para deixar a superfície mais uniforme. Porém, ele não resolve a estrutura interna danificada. Mesmo assim, ele reduz a sensação de buraco e aumenta o conforto no dia a dia.
Por outro lado, se o afundamento for muito grande, o topper apenas disfarça e pode até piorar a postura. Portanto, use com cautela e por tempo limitado.
5. Acionar a garantia, se ainda estiver valendo
Se o colchão é novo e o afundamento apareceu rápido, então vale muito checar o certificado de garantia. Assim, você vê se a profundidade do buraco está dentro do que o fabricante considera defeito.
Em muitos casos, a garantia cobre afundamentos acima de certa medida, desde que não haja sinais de mau uso, como manchas de umidade ou cortes no tecido.
Quando o colchão afundando no meio precisa ser trocado de vez
Chega uma hora em que consertar já não faz sentido. Portanto, observe as situações abaixo, porque elas indicam que é melhor investir em um colchão novo.
- Afundamento visível e profundo, que passa de alguns centímetros e volta sempre, mesmo após girar e reforçar a base.
- Dores constantes ao acordar, mesmo depois de alongar e trocar de travesseiro.
- Barulhos fortes de mola ou sensação de ferro pegando nas costas.
- Idade avançada do colchão, normalmente acima de 7 a 10 anos, dependendo do modelo.
- Mofo, cheiro ruim ou rasgos grandes no tecido, que indicam falta de higiene e desgaste geral.
Nesse cenário, insistir em usar um colchão afundado só aumenta dor e cansaço. Além disso, você pode prejudicar a saúde da coluna e dormir cada vez pior.
Quando decidir trocar, vale escolher um modelo com boa densidade e suporte firme. Por exemplo, conjuntos como a Base Baú em Corino com Colchão Pasquale Casal D45 trazem espuma de alta densidade e estrutura reforçada, o que ajuda a evitar afundamento precoce e dá muito mais estabilidade para a cama.
Além disso, se você tem dor nas costas ou algum problema na coluna, é interessante conversar com um profissional de saúde. Em sites oficiais, como o portal do Ministério da Saúde, você encontra orientações gerais sobre postura, exercícios e cuidados com a lombar.
Como evitar que o novo colchão afunde rápido
Depois que você passa pelo trauma de ter um colchão afundando no meio, naturalmente vai querer cuidar melhor do próximo. Portanto, siga essas dicas simples no dia a dia.
1. Use sempre uma base firme e reta
Antes de tudo, verifique se a cama ou a base box tem estrutura completa, sem madeiras faltando. Dessa forma, o peso se distribui por igual.
- Evite usar colchão diretamente no chão, porque isso favorece umidade e mofo.
- Não apoie o colchão em estrado muito espaçado, já que a espuma pode “entrar” nas frestas.
- Reforce a cama com compensado se sentir qualquer ponto oco.
2. Faça rodízio do colchão com frequência
Em geral, é bom girar o colchão a cada três meses. Além disso, quando o modelo permite, você pode virar também de um lado para o outro.
Com esse cuidado simples, o desgaste se espalha melhor. Assim, você aumenta a vida útil do colchão e evita aquela vala no centro.
3. Distribua melhor o peso e mude hábitos
Embora seja tentador, tente não sentar sempre na mesma beirada da cama. Do mesmo modo, evite pular ou deixar crianças pularem no colchão, porque isso força demais a estrutura.
Quando você alterna o lado que dorme e a posição no colchão, você preserva as molas e a espuma por mais tempo.

4. Cuide da limpeza e da ventilação
De tempos em tempos, retire a roupa de cama e deixe o colchão respirar com a janela aberta. Dessa maneira, a umidade diminui e a estrutura interna dura mais.
Além disso, use sempre um protetor de colchão. Assim, você evita manchas de suor, xixi de criança ou líquidos derramados, que podem estragar a espuma e gerar maus odores.
5. Respeite o limite de peso indicado pelo fabricante
Cada modelo tem um limite de peso por pessoa. Portanto, sempre confira essa informação na hora da compra. Se o colchão recebe mais peso do que suporta, o afundamento aparece bem mais rápido.
Quando a cama é para casal com diferença grande de peso, procure um modelo com suporte reforçado e, se possível, com molas ensacadas de boa qualidade. Dessa forma, cada lado se comporta melhor e dura mais.

Resumo: o que fazer com colchão afundando no meio
Em resumo, quando você percebe um colchão afundando no meio, precisa seguir três passos. Primeiro, medir o desnível e conferir se o problema é mesmo do colchão ou da base. Depois, tentar as soluções simples, como reforçar a cama, girar o colchão e, eventualmente, usar uma placa de espuma ou topper por um tempo. Por fim, decidir com sinceridade se ainda vale insistir ou se é hora de investir em um modelo novo e mais adequado ao seu corpo.
Por isso, não ignore sinais como dor nas costas, buraco visível e colchão muito velho. Assim sendo, você cuida da sua saúde, dorme melhor e aproveita muito mais as noites de descanso em uma cama firme, confortável e sem afundamentos.
